sábado, 30 de junho de 2012

63a – Cadeias de valores – outro exemplo, o sabão


Vamos explorar outra cadeia de valores relacionada com o sabão. Parece um tema um pouco simples mas acho que pode ser muito útil para as nossas comunidades agrícolas rurais.
  
Sabão é feito com uma ou mais gorduras e com um produto químico alcalino ou básico como por exemplo a soda caustica. As gorduras podem ser de origem animal ou vegetal. A soda caustica pode ser obtida das cinzas das nossas fogueiras ou fogões a lenha com a ajuda de água da chuva.
 
Todos estes ingredientes podem ses obtidos nas nossas comunidades e o sabão pode ser vendido nos mais variados mercados. O sabão artesanal tem muito valor em muitos mercados. 
Um exemplo de uma cadeia de valores baseada no fabrico de sabão poderia ser:
  • alguém que cria gado produz e vende estrume aos agricultores
  • o criador de gado vende o gado para o matadouro
  • a pessoa do talho compra peças de carne para vender
  • o talho não vende muitos pedaços da gordura animal que os clientes não querem
  • uma pessoa recolhe a gordura animal para fazer sebo
  • na padaria usam lenha para cozer pão
  • uma pessoa recolhe as cinzas da padaria e de outros estabelecimentos
  • as cinzas são usadas em latrinas na comunidade
  • mas com água da chuva e cinzas essa pessoa também faz soda caustica
  • uma pessoa usa o sebo e a soda caustica para fazer sabão
  • essa vende o sabão na comunidade e no mercado da cidade
Aqui temos uma sequência de atividades que usam recursos já existentes, como a água da chuva, as cinzas e a gordura animal, para desenvolver um novo produto, o sabão, que vai dar trabalho a uma ou mais pessoas. O novo produto desta comunidade, o sabão, tem valor para troca com outros produtos e tem valor para gerar receitas em dinheiro pela venda nas comunidades vizinhas ou no mercado da cidade mais próxima. 
 
Além disto, certos recursos que não tinham valor antes do fabrico do sabão, como as cinzas e as gorduras animais, passaram a ter valor para o fabricante de sabão artesanal. O sabão artesanal é muito desejado porque não contém aditivos indesejáveis como muitas vezes acontece com o sabão de fabrico industrial. 
 
Algumas destas atividades podem ser feitas pela mesma pessoa numa comunididade e por pessoas diferentes noutra comunidade. Cada indivíduo em cada comunidade irá escolher o que vale a pena e o que não vale. Saberá escolher que atividades serão feitas pela mesma pessoa ou por pessoas diferentes. Em alguns casos vai ser preciso experimentar para ver o que dá melhor resultado. 
 
É sempre muito importante saber o que uma comunidade consome porque é isso que vai vender. Por vezes fabricamos o que sabemos fazer mas não é disso que a comunidade precisa. Sabão é sempre preciso embora haja já sabão no mercado. Mas se o sabão artesanal for melhor, tiver melhor cheiro, der menos alergias ou irritações na pele, ou torne a pele mais macia, o sabão artesanal vai vender melhor do que o sabão de fabrico industrial. 

O preço do sabão é importante para que possa competir com o sabão de fabrico industrial. Esse preço tem de cobrir os custos de recolha dos materiais, os custos de fabricação, e os custos de distribuição para poder render lucros. Esses custos vão depender de cada comunidade e de cada situação. Mas se a matéria prima já é de baixo custo, há muita oportunidade para fazer negócio com lucro.
 
Uma cadeia de valores é a utilização de várias atividades para benefício de vários participantes.
 
Nesta sequência de blogues vamos explorar vários métodos de fabrico para a soda caustica, o sebo de origem animal e para o fabrico do sabão. Vamos também explorar várias receitas para fabrico de sabão, não só com sebo de origem animal como com óleos de origem vegetal como o amendoim, o abacate, o caju, o coco e outras plantas que crescem nos nossos climas.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

63 – Cadeias de valores - exemplos


Vamos explorer algumas cadeias de valores que podem ser desenvolvidas nas nossas comunidades agrícolas rurais.
 
Na generalidade uma cadeia de valores deve ter tantas atividades quantas as capacidades específicas ou profissões que existam na comunidade.
 
Uma outra maneira de pensar é – como é que eu posso fazer o melhor uso das minhas capacidades? Eu poderei ser capaz de fazer muitas coisas diferentes mas nem todas poderão ser um bom uso do meu tempo. Talvez alguém possa fazer melhor do que eu ou a um custo mais baixo.
 
Será diferente para cada comunidade e para cada situação.
 
Um exemplo de uma cadeia de valores poderia ser:
  • alguém que cria gado produz e vende estrume
  • um agricultor especializa-se para produzir e vender sementes
  • outro agricultor compra sementes e estrume produz e vende milho
  • uma pessoa moe o milho faz e vende farinha e pão
  • outra pessoa vende a farinha e o pão no mercado da cidade
  • essa pessoa compra ferramentas na cidade e vende aos agricultores
  • um agricultor ensina agricultura às crianças na escola local
Outra cadeia de valores poderia ser:
  • um agricultor planta e vende amendoim
  • uma pessoa compra algum amendoim faz e cende óleo para cozinhar
  • uma pessoa vende oleo para cozinhar no mercado da cidade
  • uma pessoa coleta cinzas das fogueiras das aldeias próximas
  • uma pessoa compra óleo de amendoim e com as cinzas faz e vende sabão
  • uma mulher compra o sabão e lava roupa para fora
Poderiamos continuar. Algumas atividades podem fazer sentido e valer a pena em algumas comunidades mas noutras não. Cada comunidade saberá escolher o que vale a pena e o que não vale. Saberá escolher que atividades serão feitas pela mesma pessoa ou por pessoas diferentes. Em alguns casos vai ser preciso experimentar para ver o que dá resultado.
 
Comunidade rurais e agrícolas têm certas vantagens – muitos dos produtos necessários estão disponíveis com facilidade nestas comunidades. O que não é o caso nas cidades ou em comunidades maiores.
 
Valerá a pena consultar os artigos seguintes. Estão escritos em Inglês, mas para quem souber ler valerá a pena:
Talvez um dia se consigam artigos em português ou se consigam traduções. Até lá irei trazendo esse material para este blogue. Um pouco de cada vez.

domingo, 24 de junho de 2012

64 – Cadeias de valor – como funcionam


Vejamos como é que as cadeias de valor funcionam.
  
Uma cadeia de valor depende da procura. É baseada na procura a cada nível da cadeia. A procura é baseada no desejo das pessoas comprarem um determinado produto a um determinado preço. Podemos ter um bom produto mas pode ser muito caro ou ninguém querer comprar porque não tem necessidade dele. Ou porque já há muitos vendedores a vender produtos semelhantes ou iguais. Ou pode não ser a época certa do ano para esse tipo de produto. Todos estes são fatores que influenciam a procura
 
Vamos explorer um pouco mais uma cadeia de valores do amendoim que já descrevemos:
  • um agricultor planta amendoim e vende para alimento
  • uma pessoa compra algum amendoim e fabrica óleo para cozinhar
  • e essa ou outra pessoa vende o óleo a compradores locais
  • outra pessoa vende óleo no mercado da cidade
  • uma pessoa anda de casa em casa a colectar cinzas das fogueiras
  • essa ou outra pessoa compra oleo e cinzas e fabrica e vende sabão
  • uma outra pessoa compra desse sabão e lava roupa para fora
Amendoim com boa qualidade para cozinhar poderá ser vendido a um determinado preço e o agricultor poderá vender uma determinada quantidade de amendoim por dia. Mas para a outra pessoa comprar amendoim para fabricar óleo para cozinhar e vender esse óleo a um preço aceitável, o preço deste amendoim poderá ter de ser diferente. A qualidade deste amendoim para óleo pode ser diferente da qualidade do amendoim para cozinhar. E esta qualidade diferente define um preço diferente.
 
O agricultor poderá vender amendoim de qualidade diferente a compradores diferentes. E o mesmo se poderá dizer do fabricante de óleo de cozinhar ou o fabricante de sabão.
 
As actividades de uma cadeia de valores incluem a produção, a tranformação (manufatura) e marketing (promoção, compra e venda). No nosso caso vamo-nos concentrar na compra e venda do amendoim como fontes de receita para o agricultor, para o produtor. Sabemos que este agricultor produz bom amendoim.
 
Falaremos da transformação (manufatura de produtos) e de marketing (promoção, compra e venda) noutra altura. Também noutra altura falaremos sobre o fabrico de sabão com óleo e cinzas.
 
Nas grandes cidades poderá haver uma grande procura de amendoim, mas nas comunidades pequenas a procura será pouca e o produtor terá de plantar pouco amendoim ou encontrar compradores de outras comunidades para poder vender a sua produção toda. Encontrar compradores necessita que se conheçam pessoas nesse ramo. E de todas que conhecemos nem todas serão bons compradores.
 
Uma actividade importante para o comprador é encontrar e manter bons compradores que sejam fiáveis. Compradores de outras comunidades são menos fiáveis. Podem mais facilmente encontrar outros produtores noutras comunidades e de um momento para o outro deixarem de comprar ao nosso agricultor. É muito importante ter uma boa procura local para o que produzimos.
 
Numa pequena comunidade um produtor poderá plantar amendoim mas deverá também plantar outros produtos agrícolas porque a procura local é limitada. Mas isto pode ser uma coisa boa. Neste caso o agricultor irá plantar amendoim, batata, milho, e outras coisas, e com todos estes produtos fornecer, de um modo regular, a toda a comunidade.
 
Nas comunidades mais pequenas um produtor não poderá ter lucro apenas com um tipo de plantação. Um agricultor terá necessidade de ser bom em muitas plantações.
 
Precisamos de cadeias de valor que sejam fiáveis. Precisamos de uma procura para a nossa produção e precisamos de conhecer o mercado para os nossos produtos. Precisamos também de criar associações com outros produtores ou com compradores que nos possam ajudar e de quem possamos depender.

sábado, 23 de junho de 2012

62 – Cadeias de valor - introdução


Pela ordem natural das coisas não existem cadeias de valores em pequenas comunidades rurais, em comunidades agrículas nas zonas remotas do nosso país. E se houver uma cadeia de valores é muito natural que seja pequena, fraca e que não suporte grande parte da comunidade.  
  
Pode haver uma pequena loja onde o agricultor pode comprar sementes e fertilizante. Esta loja é talvez a mesma onde o agricultor vende o seu produto. Esta loja pode fornecer alguns dos serviços mas não todos e não a nível suficiente.
 
Em comunidades pequenas esta situação cria dependências que não são sustentáveis a longo prazo e que são muito vulneráveis a flutuações nos preços dos produtos.
 
Mas se uma comunidade puder produzir mais dos produtos de que precisa então a sua dependência na pequena loja será reduzida e a comunidade ficará mais forte por isso.
 
Vamos ver um exemplo. Um agricultor poderá vender o seu feijão na loja e comprar sementes e fertilizante na mesma loja e talvez tudo esteja bem. Mas onde é que a comunidade vai comprar vestuário, ou óleo para cozinhar, ou sabão, ou carne, ou legumes? Muito naturalmente na mesma loja e isto só vai aumentar a sua dependência e a sua vulnerabilidade a subidas e descidas nos preços e na disponibilidade dos produtos.
 
Mas se outro agricultor plantar amendoim e começar a fazer óleo de amendoim para cozinhar então a comunidade ficará menos dependente da loja e alguém agora tem outra atividade onde fazer dinheiro.
 
E se outra pessoa comprar algum desse óleo e com cinzas das fogueiras fizer sabão então mais uma pessoa tem mais uma atividade lucrativa e a comunidade vai ficar ainda menos dependente da loja. Essa pessoa pode até vender algum do seu sabão à loja.
 
Neste exemplo simples alguém planta amendoim para a alimentação mas também para fazer óleo para cozinhar do qual algum é usado para fazer sabão. Três pessoas criaram uma cadeia de valores à qual podemos adicionar mais uma pessoa que irá uma vez por semana á cidade ou à vila vender algum do amendoim, do óleo e do sabão que a comunidade não precisa para o seu próprio uso.
 
Há muitas cadeias de valores nas comunidades agrícolas. Algumas já existem. Outras podem ser desenvolvidas. Os resultados serão sempre de grande benefício para estas comunidades trabalhadoras e empreendedoras.
Vamos ver mais algumas cadeias de valores nos blogues seguintes.

61 – Cadeias de valor


O que é uma cadeia de valor? Uma cadeia de valor é uma sequência de atividades ou serviços relacionados com algum produto ou serviço e que são necessários ou valiosos na comercialização lucrativa desse produto ou serviço.
  
Vamos usar um exemplo. Vamos imaginar que estamos a plantar feijões para vender.
 
Para produzir feijões precisamos de ferramentas (alfaias), precisamos de sementes, precisamos de água, de fertilizante, de sacos, um lugar para armazenar os feijões, precisamos de transportar os feijões até ao comprador, precisamos de um banco onde podemos obter empréstimos e precisamos de uma conta bancária onde podemos depositar o dinheiro que poupamos na venda dos feijões. E muito provavelmente precisamos de mais algumas coisas. 
 
Cada um de nós poderia fazer tudo isto. E em alguns casos poderia ser possível, mas quando estamos a criar sementes não poderemos deixar a sementeira e ir ao mercado vender o nosso produto.
 
A determinada altura chegaremos à conclusão de que será melhor nós proporcionarmos algumas destas atividades nós mesmos e comprarmos os outros serviços ou necessidades a outra pessoa. Para estes serviços nós pagamos a alguém para os fazer. E isto forma uma cadeia de valor.
 
O que uma pessoa vende uma outra compra. Um serviço de que necessito será providenciado por outra pessoa. Esta sequência de atividades e serviços cria oportunidades para que outras pessoas façam negócio. Esta sequência é a cadeia de valor.
 
Muitos de nós sabemos isto. Quando decidimos produzir qualquer coisa, como o feijão no nosso exemplo, é muito importante compreender a cadeia de valores que dará apoio ao nosso trabalho.
 
Se não tivermos ferramentas, se não tivermos uma loja onde comprar as nossas ferramentas, as sementes, ou o fertilizante, e se não tivermos compradores para o nosso feijão o nosso trabalho não será recompensado.
 
Nas comunidades onde há um mercado estabelecido e ativo a maior parte destes serviços já existem e só nos resta encontrar alguém que nos faça esta ou aquela tarefa.
 
Mas nas comunidades onde não há um mercado, uma praça estabelecida, como na grande maioria das áreas rurais nos nossos países, cada comunidade precisa de desenvolver a sua cadeia de valores.
 
E assim, numa comunidade rural, numa comunidade agrícola, precisamos de ser mais criativos. Temos de saber o que cada pessoa pode e sabe produzir e o que podemos vender na nossa comunidade, e temos de saber o que podemos vender fora da nossa comunidade.
 
Cada comunidade precisa de descobrir o que são as suas cadeias de valores.
Iremos avaliar este tema num outro blog.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

31 – Máquina manual de lavar roupa


Lavar roupa! Que seca!

Para lavar roupa a escolha tem sido sempre entre lavar à mão e uma máquina de lavar roupa movida a electricidade. Uma solução interessante e útil mas muito cara. Além disso não funciona sem electricidade. Mas há uma outra solução. Uma máquina manual de lavar roupa.

Mas como é isso? Máquina manual?

Bom, lavar roupa é trabalho pesado mas aquilo que faz com que a roupa fique limpa quando se lava é muito simples. É só preciso:

  • um detergente (um sabão) que torne a água penetrante e capaz de dissolver gorduras e outras sujidades,
  • uma agitação da roupa dentro dessa água com detergente para soltar a sujidade, durante um tempo suficiente,
  • passar a roupa por água limpa para retirar o sabão e a sujidade, várias vezes,
  • extrair a água da roupa (espremer) para extrair a água suja e secar mais depressa.
  
É isto que nós fazemos. É isto que uma máquina de lavar faz.

Depois é por a secar e passar a ferro se for o caso.

Ora bem. Se nós tivermos um balde com uma tampa que feche bem, pusermos dentro alguma roupa, água e detergente suficientes para a quantidade de roupa, fecharmos a tampa e agitarmos bem, a sujidade vai soltar-se da roupa e vai ficar misturada e/ou dissolvida na água com detergente.

Se agora escorrermos e esprememos essa água suja, passarmos a roupa por água limpa até sair o detergente todo e pusermos a roupa a secar, acabámos de construir, com esse balde, uma máquina de lavar.

Já houve quem fizesse isto como mostra a figura abaixo.


Um modelo simples com uma manivela para ajudar ao trabalho.

Mas há tembém soluções com mais graça como esta:
   
 
Que funciona do modo como descrevemos acima:
   

Põe-se a roupa, água, detergente, fecha-se e rola-se pelo chão como estão a fazer estas mulheres na Índia:

  
Há até quem tenha tido a ideia de juntar um tambor destes a uma bicicleta e andar a lavar roupa pelas casas dos clientes:
 

Acho estas ideias geniais! Não usam electricidade. Usam força humana, certo, mas acho que muito menos do que usamos quando lavamos à mão.

Acho que vale a pena tentar fazer uma com materiais disponíveis no mercado. Vamos a isso no próximo blogue. Até já!

terça-feira, 5 de junho de 2012

51 – Uma mochila capulana


A capulana. Uma peça de vestuário que tem muitas utilidades. É de muitas cores e dá sempre com todas as outras cores. E é linda, a capulana.

Hoje vamos usar a capulana para fazer uma mochila que tanto pode ser usada por crianças, por jovens, por adultos e até por gente de mais idade. Porque não?

Esta mochila pode ser feita por pessoas com um pouco de jeito para a costura. Podem ser vendidas nas feiras ou nas lojas. É muito simples de fazer e usa muito pouco material.
  
   
Corta-se um rectângulo de capulana com uns 80cm por 30cm. Pode-se acompanhar o desenho do tecido da capulana conforme acharmos mais bonito. Este tecido vai servir para fazer o saco da mochila.
  
     
Cortam-se dois pequenos retalhos, do mesmo tecido, ou de tecido diferente, com uns 12cm por 8cm. Com estes retalhos vamos fazer umas presilhas para as alças da mochila.
 
  
E cortam-se dois pedaços de cordão ou de corda fina e macia com uns 150cm de comprimento. Com estes cordões vamos fazer as alças da mochila.
  
  
Pronto. É tudo o que é preciso. Podemos começar a coser as peças todas umas às outras.

Começamos pelas presilhas. Estas vão ser feitas um pouco mais estreitas no meio e um pouco mais largas nas pontas. Assim o cordão vai ficar mais bem seguro e as presilhas vão ficar mais bem presas ao saco da mochila.
     
    
   
Depois de cosermos como mostram as linhas do alinhavado em branco, viramos as presilhas para que as costuras fiquem para dentro.

Dobramos o tecido do saco pelo meio virado do avesso e prendemos as presilhas aos cantos do fundo do saco.
  
 
  
Cosemos ao longo dos lados do saco da mochila até chegarmos a um ponto antes da boca do saco. Precisamos deixar tecido para podermos dobrar para fazer as baínhas por onde vai passar o cordão.
  
  
Assim podemos fazer as baínhas e deixá-las rematadas sem grandes complicações. Depois de feitas as bainhas estas devem ficar assim:
  
  
E o saco da mochila está pronto!
  
  
Podemos virá-la do lado direito e enfiar os cordões que vão fazer de alças.

Como mostra a figura as alças passam pelas duas baínhas mas são enfiadas uma de cada lado.
   
  
Depois de enfiadas, as alças devem ficar assim:
   
  
Amaramos as alças às presilhas com um nó simples. Assim podemos substituir as alças, ou tirá-las para lavar quando ficarem sujas ou mesmo quando queremos lavar a mochila. Sem as alças é mais fácil lavar, secar e até passar (para quem ache que a mochila não deve estar amarrotada, tal como a saia da Eliza Gomarasaia).
 
  
E no fim temos a nossa mochila capulana.
  
  
Não ficou linda?
 
Podemos fazer as mochilas de vários tamanhos. Umas mais pequenas para crianças, assim elas levam as suas coisinhas para a praia, outras maiores para jovens e adultos.
 
Toca a fazer umas para usar, para dar como presentes ou até para vender!